segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Principais obras da segunda geração modernista brasileira

Vidas Secas – Graciliano Ramos


Personagens


Baleia - cadela da família, tratado como gente, muito querido pelas crianças.


Sinhá Vitória - mulher de Fabiano, sofrida, mãe de 2 filhos, lutadora e inconformada com a miséria em que vivem, trabalha muito na vida.


Fabiano - nordestino pobre, ignorante que desesperadamente procura trabalho, bebe muito e perde dinheiro no jogo.


Filhos - crianças pobres sofridas e que não tem noção da própria miséria que vivem.


Patrão - contratou Fabiano para trabalhar em sua fazenda, era desonesto e explorava os empregados.


Outros personagens: o soldado, seu Inácio (dono do bar).



Resumo da obra


O romance “Vidas Secas” narra o episódio de uma família de retirantes em busca de um lugar que lhes ofereça meios de melhorar suas condições de vida. Essa família é composta por Fabiano, homem humilde e trabalhador; Sinhá Vitória, esposa resignada e fiel; o Menino mais novo e o Menino mais velho, crianças inocentes, representantes do anonimato social ; além da cachorra Baleia, animal que se humaniza em relação à dura realidade por que passa Fabiano e sua família. Durante um longo percurso por um caminho que parece interminável, os personagens enfrentam atrocidades várias, entre as quais, a fome, a sede e a falta de um lugar onde pudessem se estabelecer. Depois de andarem muito, os retirantes encontram uma casa que parecia abandonada. Eles se aproximam e entram nela, mas logo chega o dono, para quem Fabiano, depois de oferecer seus préstimos, começa a trabalhar, sendo vítima da seca, sua maior antagonista, e da exploração por parte do proprietário das terras. Na fazenda, a família permanece por algum tempo, cuidando do rebanho do proprietário até que, desiludidos com o aparecimento das arribações que, para eles “eram coisas da seca”, deixam a fazenda numa manhã bem cedo e continuam sua busca estrada a fora, na tentativa de um dia encontrarem um alento para suas vidas.






A Bagaceira – José Américo de Almeida




O romance se passa entre 1898 e 1915, os dois períodos de seca. Tangidos pelo sol implacável, Valentim Pereira, sua filha Soledade e o afilhado Pirunga abandonam a fazenda do Bondó, na zona do sertão. Encaminham-se para as regiões dos engenhos, no rejo, onde encontram acolhida no engenho Marzagão, de propriedade de Dagoberto Marçau, cuja mulher falecera por ocasião do nascimento do único filho, Lúcio. Passando as férias no engenho, Lúcio conhece Soledade, e por ela se apaixona. O estudante retorna à academia e quando de novo volta, em férias, à companhia do pai, toma conhecimento de que Valentim Pereira se encontra preso por ter assassinado o feitor Manuel Broca, suposto sedutor e amante de Soledade. Lúcio, já advogado, resolve defender Velentim e informa o pai do seu propósito : casar-se com Soledade. Dagoberto não aceita a decisão do filho. Tudo é esclarecido : Soledade é prima de Lúcio, e Dagoberto foi quem realmente a seduziu. Pirunga, tomando conhecimento dos fatos, comunica ao padrinho (Valentim) e este lhe pede, sob juramento, velar pelo senhor do engenho (Dagoberto), até que ele possa executar o seu "dever": matar o verdadeiro sedutor de sua filha. Em seguida, Soledade e Dagoberto, acompanhados por Pirunga, deixam o engenho e se dirigem para a fazenda do Bondó. Cavalgando pelos tabuleiros da fazenda, Pirunga provoca a morte do senhor do engenho Marzagão, herdado por Lúcio, com a morte do pai. Em 1915, por outro período de seca, Soledade, já com a beleza destruída pelo tempo, vai ao encontro de Lúcio, para lhe entregar o filho, fruto de seu amor com Dagoberto.


Capitães da Areia – Jorge Amado




Capitães da areia é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de menores abandonados, os "capitães da areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30.

Enredo


Retrata os meninos como moleques atrevidos, malandros, espertos, famintos, ladrões, agressivos, falsos, soltos de língua, carentes de afetos, de instrução, de comida. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, vem uma seqüência de pseudo-reportagens, que caracterizam-nos e mostram diversas visões sobre o caso.

Primeira Parte: Sob a lua, num velho trapiche abandonado

Subdividida em 10 capítulos, a primeira parte apresenta o local em que as ações transcorrerão. Um trapiche(ou armazém abandonado), à beira-mar, que no passado fora um local movimentado e agora está sujo e infestado de ratos. Fora frequentado inicialmente pela marginália, até ser tomado pelo bando dos capitães da areia. "Sob a Lua, num velho trapiche abandonado, as crianças dormem. Antigamente aqui era o mar. Nas grandes e negras pedras dos alicerces do trapiche as ondas ora se rebentavam fragosas, ora vinham se bater mansamente. A água passava por baixo da ponte sob a qual muitas crianças repousam agora, iluminadas por uma réstia amarela de lua. Desta ponte saíram inumeros veleiros carregados, alguns eram enormes e pintados de estranhas cores, para a aventura das travessias maritimas. Aqui vinham encher os porões e atracavam nesta ponte de tábuas, hoje comidas. Antigamente diante do trapiche se estendia o mistério do mar-oceano, as noites diante dele eram um verde-escuro, quase negras, daquela cor misteriosa que é a cor do mar à noite. Ao Contrario de outros grupos espalhados pela cidade, os Capitães da Areia têm um lider, seguem normas e, principalmente, obedecem a um chefe que cumpre o papel de "manter um lar" para as crianças que ali vivem. Pedro Bala, quase naturalmente surge como um lider e tem o papel de harmonizar, manter a ordem e, de certa maneira, ensiná-los a agir sob certas circunstancias. Com Quinze anos, audaz, ativo e conhecedor de todos os recantos da cidade, é marcado por uma cicatriz e por seus cabelos loiros.Poucos lhe conheceram a mãe, e o pai "morrera num balaço". Para firmar a liderança, Pedro Bala destituiu o caboclo Raimundo, pós uma luta pelo "poder". O ápice da primeira parte vem em dois momentos: quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e experimentam as sensações infantis; e quando a varíola ataca a cidade e acaba matando um deles, apesar da tentativa do padre José Pedro em ajudá-los, e tendo grandes embaraços por causa disso.

Segunda parte: Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos

Relata a história de amor que surge quando Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia". Apesar de inicialmente os garotos tentarem estuprá-la, Dora vira uma espécie de mãe para eles. Mas isto acontecera apenas uma vez! Podemos até mesmo afirmar que por breves momentos, Dora era a única pessoa sobre a qual o líder dos capitães de areia, Pedro Bala estaria disposto a pensar num futuro mesmo que próximo, e desta forma ultrapassar o sentimento de "Carpe Diem". Bem como era uma espécie de "estrela", que por sua guiou e fez sonhar Pedro Bala com simplesmente o seu amor.

Terceira parte: Canção da Bahia, Canção da Liberdade

Mostra a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o Rio de Janeiro onde torna-se um pintor de sucesso, entristecido com a morte de Dora; Gato se torna um malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por Ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães de Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães de Areia e se torna um líder revolucionário comunista.

3 comentários:

  1. Muito bm, vocês estão de parabéns! Muito bem elaborado, muito descritivo, cheio de exemplos, gostei muito!

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